
07 de outubro de 2011 | 10h03
Dilma foi levada pelo presidente da Bulgária, George Parvanov, à escola onde o pai estudou, em Gábrovo. Do lado de fora, a população parou para saudá-la, numa cidade pouco acostumada a grandes eventos. Dentro da escola, o cartunista Ziraldo, que entrou na comitiva, contou que ministros não contiveram as lágrimas.
A presidente se segurou, mas admitiu que teve dificuldades para levar adiante seu discurso. "Engasguei. Não conseguia formular as frases e não conseguia falar", admitiu. "É uma coisa impressionante estar no lugar onde seu pai estudou", prosseguiu. "Estou realizando um sonho de meu pai, que gostaria de estar aqui". No discurso, ela contou que poucas vezes, na vida, viveu emoção parecida. Uma delas foi quando nasceu sua filha. Outra, com seu neto. "Na juventude participei de lutas de resistência, fui presa e senti muita emoção ao me despedir das minhas companheiras que lá ficariam (na prisão). Agora, mais uma vez, a emoção é profunda", completou.
Abalada
A viúva de um primo de Dilma, Toschka Kovacheva, confirmou que a presidente ficou abalada no encontro privado com os familiares. "Não chorou, mas estava emocionada", revelou depois à reportagem. Dilma trocou telefones e e-mails com os parentes, quis saber quem era quem, prometeu mandar fotos de família e garantiu que se alguma das primas fosse ao Brasil ela própria iria buscá-la no aeroporto. Antes, em Sófia, Dilma driblou a imprensa e foi, com uma das primas, ao túmulo de seu irmão, Luben Roussev. Ele havia sido o primeiro filho de seu pai. O local estava abandonado desde 2007 mas nos últimos dias, foi limpo e restaurado. "Jamais esquecerei esse momento", disse Dilma ao se despedir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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