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Emergentes duvidam de intenção dos EUA

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Por Jamil Chade e GENEBRA
Atualização:

Os países emergentes não se contentam só com indicações do governo Bush de que os EUA teriam espaço para cortar subsídios agrícolas nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) e querem propostas concretas. Na segunda-feira, o presidente George W. Bush, deu sinais ao colega Luiz Inácio Lula da Silva de que poderia flexibilizar sua posição. Mas já deixou claro que quer concessões dos países emergentes no setor industrial e de serviços. Em Genebra, as reações foram positivas no gabinete do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. Segundo um assessor de Lamy, as declarações de Bush e Lula são "sinais políticos importantes". Mas, entre os governos, o clima é de desconfiança. "Queremos saber o que isso significa", disse o embaixador da Venezuela na OMC, Oscar Carvallo. O mediador das negociações agrícolas, Crawford Falconer, admitiu que, com o que os EUA indicaram, não há ainda acordo. No documento da OMC, o teto dos subsídios ficaria entre US$ 13 bilhões e US$ 16,4 bilhões por ano. Até a semana passada, a posição oficial americana era de que seria de US$ 22 bilhões. Os americanos não devem aceitar o limite mais baixo, mas estariam dispostos a trabalhar dentro dos parâmetros. O Congresso americano, porém, dá indicações opostas, segundo o Financial Times: a Rodada Doha não seria prioridade hoje e a OMC poderia esperar até a troca de governo, em 2009.

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