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Em velório, Bolsonaro diz que missão das Forças Armadas é defender a democracia

'Nós estamos a serviço da vontade da população brasileira', disse o presidente em cerimônia no Rio que enterrou paraquedista

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, 21, durante o velório de um jovem paraquedista que morreu em um treinamento, que a missão das Forças Armadas é defender a democracia. "A nossa missão, a missão das Forças Armadas, é defender a pátria, é defender a democracia", afirmou o presidente. "E como dizia (aquele) que se tornou um grande amigo, o ex-ministro Leônidas Pires Gonçalves (ministro do Exército durante o governo de José Sarney e que morreu em 2015), nós estamos a serviço da vontade da população brasileira", disse num determinado trecho do discurso. 

O presidente Jair Bolsonaro na manhã deste domingo, 21, ao acompanhar o velório no Rio Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

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Bolsonaro tentou confortar os pais do soldado Pedro Lucas Ferreira Chaves, que tinha de 19 anos. "A sua dor é a dor de todos nós. Temos a certeza que o Deus pai todo misericordioso já o acolheu", disse Bolsonaro. "Levo parte da sua dor comigo. Sou pai de cinco filhos e peço a Deus que não passe por um momento como a senhora (mãe), seu marido, padrasto e esposo, avô e demais familiares estão vivendo no momento", continuou Bolsonaro para os parentes do paraquedista. 

Segundo o Comando Militar do Leste (CML), Chaves morreu na manhã deste sábado depois de sofrer um acidente durante um lançamento de paraquedistas na Base Aérea dos Afonsos. O presidente Bolsonaro foi membro da Brigada de Infantaria Paraquedista em sua carreira no Exército. 

O tom do discurso do presidente contrasta com declarações feitas nas últimas semanas. Há um mês, ele disse que o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, é alguém que sabe "fazer valer a força que as Forças Armadas têm em defesa da democracia, da liberdade" e que "também nosso maior exército é o povo." No início de maio, ele já havia declarado que as forças estavam ao lado de seu governo e que havia chegado "ao limite". 

Na última quarta-feira, 17, fez críticas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra aliados e comparou o que vem pela frente a uma “emboscada”. Na segunda, 15, fez outras críticas à atuação da Corte e considerou que estava sendo “consciente e complacente demais, não quero dar soco na mesa e afrontar ninguém”, e pediu que “não se afronte o Poder Executivo”

Retorno a Brasília

Ao retornar à capital federal, o presidente conversou rapidamente com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. Ele não deu declarações à imprensa.

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Houve novas manifestações a favor e contra o governo na Esplanada dos Ministérios neste domingo. Desta vez, Bolsonaro não participou dos atos. Os protestos deste fim de semana tiveram número menor de manifestantes em relação a manifestações anteriores.

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