
25 Fevereiro 2010 | 13h42
O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, não pretende voltar ao governo se for libertado pelo Supremo Tribunal Federal e aceita assumir, por carta, o compromisso de ficar licenciado do poder até o fim das investigações sobre o mensalão do DEM. "Isso está decidido, ele não volta mais ao governo", afirmou o advogado Nélio Machado nesta quinta-feira, 25.
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O compromisso de se manter afastado seria uma das cartas na manga para a defesa de Arruda conseguir convencer os ministros do STF a conceder o habeas corpus a favor do governador. Os advogados devem alegar que Arruda, fora da cadeia, não teria como usar o cargo para atrapalhar as investigações, fato que motivou sua prisão.
O movimento de anunciar o compromisso de permanecer afastado até o fim das investigações ainda está sendo decidido, informou o advogado. Pode ser durante o julgamento do habeas corpus ou dias antes. "Tem o plano jurídico e político. Poderia ser uma carta para a Câmara e uma petição da defesa na Justiça, por exemplo. É um compromisso. Não posso dizer ao tribunal que farei uma coisa e, depois, fazer outra", explicou. "Parece lógico que ele, afastado do governo, não influenciaria nas investigações", ressaltou.
Machado admite que Arruda poderia ficar fora do governo até dezembro, quando encerra seu mandato. "O prazo é aleatório e pode esgotar o mandato. Paciência", disse. O julgamento do habeas corpus no STF deveria ter ocorrido nesta quinta-feira, mas a defesa de Arruda pediu o adiamento da sessão.
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