21 de outubro de 2009 | 12h23
Apesar da certeza de que todos os condenados prosseguirão no cargo até o julgamento final da ação, as lideranças dos principais partidos davam como certo o adiamento do calendário do Plano Diretor. Marcado para ontem, o colégio de líderes das bancadas para definir a pauta do último trimestre acabou adiado em razão do tumulto causado pelas cassações. A sessão de ontem foi esvaziada, sem votação de projetos. Até as 22h30, não havia acordo para a desobstrução da pauta na sessão extraordinária de hoje.
"As chances são mínimas de o projeto ser votado neste ano", afirmou Milton Leite (DEM), aliado de Kassab e um dos principais líderes do "centrão". O vereador, porém, disse que o Executivo manteve a decisão de enviar o projeto para a revisão da Planta Genérica de Valores de Imóveis, o que poderá resultar em aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A Câmara ainda tem de votar, até dezembro, o Orçamento da cidade para 2010.
O vereador Carlos Apolinário (DEM), um dos cassados e responsável por conduzir as discussões do Plano Diretor, nega que as punições tenham interferido nos rumos do projeto. "Nunca houve pressa para apreciá-lo. Se a sociedade tem dúvidas e não tem pressa, por que nós vamos ter?", questionou. Já Kassab disse ter prestado "solidariedade" aos vereadores e que confia em nova decisão judicial. O secretário estadual da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, também defendeu os vereadores. "Estou convencido da legalidade das doações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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