
19 de novembro de 2007 | 16h07
O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), confirmou nesta segunda-feira,19, à imprensa que a sessão do Plenário em que deve ser votado o projeto de resolução que cassa o mandato do presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros, será nesta quinta-feira , em sessão aberta. No entanto, a votação do caso continuará secreta. Desta vez, o julgamento do terceiro processo contra Renan será em sessão aberta no plenário do Senado, já que foi aprovado um projeto de resolução que alterou o regimento interno da Casa. No primeiro processo - do qual o senador foi absolvido - a sessão foi secreta. Já a votação continuará sendo secreta. Para que isso mude, o Congresso precisa aprovar uma proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto em casos de perda de mandato. Veja também: Cronologia do caso Entenda os processos contra Renan Conselho recomenda cassação de Renan no 3º processoÍntegra do relatório do senador Jefferson PéresConselho arquiva caso Schincariol contra Renan Renan se posicionou abertamente contra o voto aberto porque, segundo ele, o voto secreto "foi uma conquista da democracia". "Não sou favorável (ao voto aberto). O voto secreto foi uma conquista da democracia. O voto secreto existe para proteger as pessoas da pressão do poder político e do poder econômico e também, hoje, de setores da própria mídia", afirmou Renan. "O voto secreto existe para isso. Porque senão pessoas votarão pressionadas", acrescentou Viana acrescentou que a votação só não se dará nesta data se houver algum imprevisto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde a matéria deverá ser apreciada um dia antes. Perguntando por um jornalista sobre a existência de um acordo entre o governo e o PMDB para absolver Renan Calheiros, Tião Viana disse que são legítimas tanto a luta daqueles que querem condenar Renan, quanto a luta do senador para manter o seu mandato."O meu papel é exclusivamente o de assegurar um julgamento isento e que permita o voto de consciência dos senadores", afirmou. O presidente interino disse ainda que espera começar nesta terça-feira, 20, a votação, em Plenário, da proposta de emenda que prorroga a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele admitiu, no entanto, que provavelmente serão apresentadas emendas ao texto e a matéria deverá retornar à CCJ. Texto atualizado às 16h40
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