Em Salvador, prioridade agora é desalojar aliados

Por Tiago Décimo e SALVADOR
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Há quatro anos, quando derrotou o carlismo e assumiu a Prefeitura de Salvador, a principal preocupação de João Henrique Carneiro era acomodar a extensa e conflitante base aliada na máquina. Ontem, em cerimônia na Câmara Municipal, o prefeito reeleito assumiu o segundo mandato em condição oposta. Seu esforço, agora, é para afastar, da forma mais diplomática possível, os aliados dos cargos do primeiro escalão. "É errando que a gente aprende", afirmou. "Se teve algo que aprendi na primeira gestão, é que precisamos enxugar a máquina administrativa e colocar técnicos, não políticos, para comandar áreas estratégicas." Mal venceu nas urnas, o peemedebista deu mostras de que pretende aproveitar a popularidade para adotar "medidas necessárias", como costuma dizer. Esta semana, aumentou em 10% as passagens de ônibus. Ao assumir o novo mandato, João Henrique ainda desmontou 6 das 17 secretarias que havia formado para abrigar os aliados. Além disso, acabou com 7 subsecretarias, eliminou 80 cargos comissionados e montou uma equipe majoritariamente técnica de auxiliares. Indicações políticas, só a partir do segundo escalão. A outra parte do plano, de elevar a arrecadação por meio de aumento de impostos, ainda não foi posta em prática.

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