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Em Salvador, candidatos apelam a imagens de Lula e Jaques Wagner

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Por Redação
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A utilização de imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Jaques Wagner (PT) foi farta no primeiro dia do horário eleitoral gratuito na TV dedicado aos candidatos a prefeito de Salvador. Situados em terceiro e quarto lugar nas pesquisas, PMDB e PT mantiveram a disputa que vêm travando nos dois últimos meses para "colar" seus postulantes ao Palácio Thomé de Souza, sede do governo municipal, à imagem do presidente da República. A abertura de cada programa foi dedicada à apresentação dos respectivos candidatos, com uso de depoimentos elogiosos de familiares. Todos citaram suas origens e prometeram uma administração voltada para a parcela mais carente da população. Apenas os candidatos João Henrique (PMDB), que tenta a reeleição, e Antonio Imbassahy (PSDB) não utilizaram imagens ou depoimentos de familiares, nem buscaram apresentarem-se como de "origem humilde". O programa de Walter Pinheiro (PT), com tempo de 7 minutos e 18 segundos, dedicou a abertura ao compositor Dorival Caymmi, que morreu no sábado. Apesar da aparente cordialidade, neste primeiro momento a grande disputa acontece entre o atual prefeito (terceiro colocado nas pesquisas, com 16 por cento) e seu antecessor, o candidato tucano (segundo lugar, com 25 por cento). Com tempo de 9 minutos e 27 segundos de programa, o maior no horário eleitoral gratuito em Salvador, o prefeito João Henrique partiu para o ataque e, sem citar nomes, questionou a competência de candidatos ligados a grupos políticos que tradicionalmente governaram a Bahia e Salvador, numa clara referência a Antonio Imbassahy, que foi prefeito por dois mandatos pelo então PFL, e a ACM Neto, hoje candidato pelo DEM e herdeiro político do carlismo. Além de ostentar sua relação com o governo federal e de apresentar imagens de arquivo ao lado do presidente Lula, João Henrique também expôs imagens de nove ministros de Estado, afirmando contar com o apoio de todos eles para administrar Salvador. O ministro Gedel Vieira Lima (Integração), do PMDB, falou das obras que estão sendo realizadas na capital baiana e garantiu que "tudo mudou para melhor em Salvador desde que o prefeito ingressou no PMDB, partido que lhe abriu as portas do governo Lula". Liderando as pesquisas com 31 por cento, o candidato do DEM, ACM Neto foi apresentado como um político de carreira rápida e que conhece os caminhos de Brasília, com imagens de sua atuação no Congresso Nacional. Nos 5 minutos e 42 segundos, fez referências à diversidade religiosa da Bahia e usou depoimentos de familiares, do senador Marco Maciel (DEM-PE) e de seu avô ACM, falecido há um ano. Imbassahy apresentou um programa bem elaborado, com jingle animado e que explora sua experiência com os dois mandatos que exerceu em Salvador. Seu slogan é "Testado e aprovado" e o tempo é de 5 minutos e 26 segundos. A coligação Frente de Esquerda Socialista, com Hilton Coelho, utilizou seu tempo de dois minutos e sete segundos para alertar ao telespectador que "acabara de assistir aos candidatos que sempre governaram Salvador". Em seguida, exibiu imagens com a logomarca de diversas empresas que atuam na cidade nas áreas de construção civil e de limpeza pública. Nos últimos segundos, o candidato Hilton Coelho apareceu no vídeo afirmando que nos próximos programas "a população vai saber quem é a esquerda verdadeira". Salvador, terceira maior cidade do Brasil, reúne quase 3 milhões de habitantes e 1,74 milhão de eleitores. Os cinco candidatos que disputam a prefeitura arrastam consigo 901 postulantes às 41 vagas no Legislativo municipal. Eles foram apresentados no programa eleitoral de segunda-feira e já abriram uma nova guerra entre as coligações, que se acusam mutuamente de utilizar o dia destinado aos vereadores para inserir imagens dos candidatos a prefeito. (Reportagem de Augusto Cesar Barrocas)

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