PUBLICIDADE

Em reunião, PFL decide propor fim das MPs no Congresso

Líder do partido na Câmara está coletando assinaturas para apresentar proposta

Por Agencia Estado
Atualização:

A Executiva Nacional do PFL decidiu nesta terça-feira endurecer a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de anunciar um movimento no Congresso contra a proposta de prorrogação da vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o partido quer apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) pedindo a extinção das medidas provisórias (MPs). O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), está coletando assinaturas para apresentação da PEC. No ano passado, somente a arrecadação correspondente à CPMF deu ao governo federal mais de R$ 30 bilhões. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), que participou da reunião desta terça-feira do partido, aproveitou para endurecer as críticas ao Programa de Aceleração do Crecimento (PAC) da economia, que o presidente Lula quer aprovar no Congresso. Arruda afirma que o PAC está na contramão da expectativa dos investidores, que esperavam que o governo federal anunciasse um plano de incentivo ao investimento privado. Segundo ele, o governo Lula se limitou a fazer uma junção de projetos antigos de investimentos que nem estão se realizando. Na reunião, os pefelistas discutiram também a eleição para os cargos de direção das mesas da Câmara e do Senado. A avaliação da Executiva foi a de que o PFL na Câmara agiu corretamente quando decidiu apoiar a reeleição do presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP). A avaliação geral foi a de que, se o PFL não tivesse apoiado Aldo naquele momento, o deputado teria desistido da campanha pela reeleição e a candidatura do tucano Gustavo Fruet (PSDB-PR) não teria sido lançada. Os pefelistas admitem que o candidato do PT, deputado Arlindo Chinaglia (SP), ainda é o favorito, mas apostam que haverá segundo turno e que, nesse caso, o resultado é imprevisível. Na disputa entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), candidato à reeleição, e o líder do PFL, senador José Agripino (RN), pela presidência da Casa, a previsão no PFL é a de que a eleição será difícil e que, embora o peemedebista esteja na frente, Agripino tem chances de vencer.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.