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Em reunião com Lula, Gerdau leva proposta para crescimento

Segundo fontes, não houve proposta para que empresário assumisse ministério

Por Agencia Estado
Atualização:

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, do Grupo Gerdau, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no encontro que tiveram nesta terça-feira, estudos com propostas para incentivar o crescimento econômico. Esses estudos, segundo pessoas próximas ao presidente da República, foram desenvolvidos por um grupo de trabalho coordenado pelo empresário e propõem modelos de gestão para a iniciativa privada. Na audiência, segundo as fontes, o empresário elogiou o presidente pela decisão de pedir à sociedade propostas para acelerar o crescimento e aumentar investimentos na infra-estrutura. Gerdau disse ao presidente que está sempre à disposição para contribuir, mas, segundo as fontes, os dois não conversaram sobre a eventualidade de uma participação de Gerdau no ministério. Ao sair do Palácio do Planalto, Gerdau evitou a imprensa. Ministeriável Gerdau vem sendo citado como um dos nomes para assumir um ministério no segundo mandato do presidente Lula, possibilidade que ele descarta. Mas, até o final deste ano, o empresário deve deixar a presidência executiva do conglomerado siderúrgico, cargo que ocupa desde 1983, para permanecer na liderança do conselho de administração. As informações no Planalto são de que o presidente gostaria que Gerdau assumisse possivelmente o Ministério do Desenvolvimento - atualmente ocupado por outro empresário, Luiz Furlan, licenciado da direção da Sadia. O problema é que Furlan, depois de emitir sinais de que desejava deixar o governo ao final do primeiro mandato de Lula, passou a se comportar como quem prefere continuar no cargo. Outras opções para abrigar Gerdau seriam o Planejamento ou até mesmo a Fazenda, embora esta última seja uma alternativa bem menos provável. A presença do empresário no governo poderia representar um constrangimento para o grupo siderúrgico comandado por ele. Na carteira de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) figuram 11 operações de financiamento a empresas do conglomerado, num total superior a R$ 1,7 bilhão. Ao afirmar que não tem planos de assumir cargos públicos, o empresário também disse, na semana passada, que considerava sua contribuição ao País mais construtiva por intermédio de entidades empresariais. Conhecido incentivador de ações de qualidade total nas empresas e no setor público, Johannpeter preside o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP)

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