03 de agosto de 2009 | 18h07
Simon citou uma reunião que teria acontecido em 1989, na China, entre Renan e Collor, quando teria sido acertada a candidatura do senador por Alagoas à presidência da República. Collor pediu a palavra e afirmou que tal reunião era "invencionice", "fruto da imaginação de alguns estelionatários". "São palavras em relação a mim e as minhas relações políticas, são palavras que eu não aceito. E são palavras que eu quero que o senhor as engula e as digira como julgar conveniente", disse Collor. "As minhas relações com o senador Renan Calheiros são relações conhecidas e são relações pelas quais eu nunca me arrependi."
Ofegante e irritado, Collor afirmou que, da próxima vez que o senador Simon tocar em seu nome num discurso, relatará fatos que seriam "extremamente incômodos" para o peemedebista. "A próxima vez que tiver que pronunciar o nome de Vossa Excelência, eu gostaria de relembrar alguns fatos, alguns momentos, talvez extremamente incômodos a Vossa Excelência", disse o ex-presidente.
Apesar de Simon insistir para que identificasse os fatos a que se referia, Collor preferiu se calar. "Não falarei. Falarei quando eu quiser e achar oportuno. Peço apenas que Vossa Excelência, senador Pedro Simon, respeite os seus colegas, dentre os quais eu me incluo." Após as declarações de Collor, Simon voltou a pedir a renúncia de Sarney da presidência do Senado.
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