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Em pelo menos 11 municípios haverá novas eleições; total pode chegar a 34

Por Carolina Ruhman
Atualização:

Contas rejeitadas, compra de votos, transferência de domicílio eleitoral na tentativa de se manter no poder, mau uso de recursos públicos. São vários os motivos para a rejeição do registro dos prefeitos eleitos em diversas cidades do País, onde uma nova eleição municipal já está marcada ou prestes a ocorrer. Levantamento da Agência Estado nos Tribunais Regionais Eleitorais mostra que 11 cidades do País terão novas eleições neste começo de ano, mas o número pode chegar a 34, pois os processos ainda estão em curso e dependem do fim do recesso judiciário para serem apreciados. Em seis municípios, a votação já está marcada: Joselândia (MA) e Pimenteiras (PI) terão nova eleição em 25 de janeiro. Em 8 de fevereiro, será a vez de Caetés, Lagoa Grande e Pombos, em Pernambuco. Já os eleitores de Patu (RN) terão de aguardar até 1º de março. Outros cinco municípios estão esperando a definição do dia da eleição: Avelinópolis (GO), Corguinho (MS), Fronteira dos Vales (MG), Amajari (RR) e Nossa Senhora da Glória (SE). Em Alagoas, o presidente do TRE solicitou aos juízes eleitorais que enviem informações sobre a necessidade de novas eleições. Segundo a assessoria do tribunal, já é quase certo que haverá eleição suplementar em Estrela de Alagoas, Porto de Pedras, Mata Grande, Pariconha, Porto Real do Colégio e São José da Laje. Em Tanque D?Arca existe essa possibilidade. REJEIÇÃO DE CONTAS O motivo principal para o indeferimento do registro é a rejeição das contas do candidato. É o caso de Antônio Bellinati (PP), que obteve o maior número de votos em Londrina. Segundo o TRE do Paraná, é grande a chance de serem realizadas novas eleições em Londrina, já que Bellinati teve o registro da candidatura negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois que o Tribunal de Contas do Estado rejeitou sua prestação de contas referente ao período em que foi prefeito. Ele afirmou levará a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF): "Infelizmente, não há prazo determinado para que ocorra esse julgamento." O candidato mais votado em Corguinho (MS), Ubaldo Lopes (PP), teve o registro cassado por transportar ilegalmente eleitores para o município onde concorria. Segundo o TRE, a acusação data de 2001, mas o processo só foi julgado em 2007. Lopes contesta a decisão do TSE e afirma que já entrou com recurso. "Eu acredito que posso ganhar. Se não, levo a questão para o Supremo", avisou.

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