PARIS - A presidente Dilma Rousseff começou na manhã desta terça-feira, 11, sua visita oficial a Paris passando em revista as tropas das forças armadas da França no Hôtel des Invalides, local em que Napoleão Bonaparte está sepultado. A solenidade precedeu um breve desfile da comitiva brasileira pelas ruas do centro da capital francesa, que estão ornadas com bandeiras do Brasil. Poucos curiosos acompanharam a movimentação, que chamou atenção por causa do trânsito interrompido.
Ainda nesta manhã Dilma Rousseff ainda se reuniu com o presidente da Assembleia Nacional da França, Claude Bartolone.
À tarde, a presidente participa de um colóquio co-organizado pelo Instituto Lula, em Paris. O ex-presidente deve participar do evento. Lula ainda não falou aos jornalistas desde que chegou a Paris. Na segunda-feira, 10, ele se reuniu com Dilma durante uma hora e 40 minutos, quando almoçaram juntos. Ninguém de sua comitiva, também formada por Paulo Okamotto, Paulo Vanucchi e Luiz Dulci, comentou as denúncias feitas pelo jornal O Estado de S. Paulo desta terça.
De acordo com a reportagem, o publicitário Marcos Valério afirmou em depoimento à Procuradoria Geral da República que Lula, quando presidente, teria dado seu "ok" aos empréstimos bancários que originaram o Mensalão e também teria tido despesas pessoais pagas com esses recursos.
Pelas denúncias de Valério, Okamotto teria advertido que o publicitário corria risco de morte se trouxesse a público informações sobre os vínculos entre o presidente e o Mensalão.