
16 de agosto de 2015 | 12h35
PARIS - Menos de 20 pessoas. Esse foi o público presente na manifestação realizada às 16h deste domingo, horário local, em frente à embaixada do Brasil em Paris, na França. O grupo que aderiu não pertence a nenhum dos movimentos que organizaram os protestos em território brasileiro, não conta com políticos, nem celebridades. Mas ainda assim fez questão de deixar registrado seu desejo de "Fora Dilma".
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Com gritos de ordem como "Dilma pode esperar a tua hora vai chegar" e "Lula pode esperar, Sérgio moro vai te pegar" e cartazes que evocavam o impeachment, o grupo não se constrangeu com a baixa mobilização e expôs sua inconformidade com os casos de corrupção e com a situação econômica do Brasil.
Empunhando um cartaz no qual se lia "A minha indignação não cabe aqui. Fora Dilma", a aposentada Marcia Helena Do Val fez questão de comparecer à embaixada, mesmo que estivesse a turismo em Paris. "O motivo pelo qual eu vim é pedir o impeachment. Esse é o resumo de tudo o que a gente quer", justificou. "Estou em férias, mas fiz questão de comparecer porque estive em todas as outras manifestações no Brasil. Isso tem de acabar, é muita falcatrua, muita corrupção. Desanima muito. Ninguém aguenta mais."
Razões semelhantes levaram Hildete de Moraes Vodopives, doutoranda em História Econômica em Paris, a participar do protesto. De chegada do Japão, onde participou de um congresso, ela disse não se importar com o número de manifestantes e se dizia pronta a fazer até um protesto solitário, se tivesse sido necessário. "Como cidadão, a gente tem obrigação de participar. Os políticos somos nós quem colocamos nos seus cargos. Então temos de cobrar que eles tenham uma conduta profissional e honesta", argumentou. "Quero fazer o meu papel. Vivemos em uma república, em que todo mundo precisa se submeter à
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