Em MG, petista escala Dilma e tucano deixa Aécio de fora

Campanha de Fernando Pimentel (PT) fez crítica indireta a Pimenta da Veiga (PSDB), dizendo que o candidato 'não abandona Minas' - o tucano declarou bens em Goiás e Brasília, mas não no seu Estado

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Por Alex Capella
Atualização:

BELO HORIZONTE - Os dois principais candidatos ao governo de Minas Gerais apostaram em estratégias distintas para conquistar o eleitor na estreia no horário eleitoral, nesta quarta-feira, 20. Enquanto a campanha do petista Fernando Pimentel lançou mão da presidente Dilma Rousseff logo no primeiro programa, a equipe do tucano Pimenta da Veiga deixou de fora o presidenciável Aécio Neves, seu principal cabo eleitoral no Estado. À frente em todas as pesquisas de intenção de voto, Pimentel não se importou com os atuais índices de rejeição da presidente, que tenta a reeleição, e colocou no ar parte de um discurso de Dilma, em uma das visitas ao Estado, criticando os adversários. Na fala, a presidente afirma que "Minas não tem dono", uma referência indireta ao senador Aécio Neves, que mantém seu grupo político no poder no Estado nos últimos 12 anos. A campanha de Pimentel também fez uma crítica velada a Pimenta da Veiga. No programa, um locutor destaca que Pimentel "não abandona Minas". Os petistas vêm, ao longo da campanha, criticando o fato de o candidato do PSDB ao governo de Minas ter apresentado na sua declaração de bens diversos imóveis em Goiás, em Brasília e nenhum no Estado. Apresentação. A equipe de Pimenta da Veiga, por sua vez, adotou outra estratégia. Ao deixar Aécio de fora da estreia, buscou "apresentar" o tucano ao eleitor, lembrando que ele foi prefeito de Belo Horizonte, deputado federal e ministro das Comunicações do presidente Fernando Henrique Cardoso. O próprio Pimenta se dirigiu ao eleitor se dizendo um homem que "compreende as pessoas". No filme, sua mulher, Ana Paola, também apareceu contando a relação do candidato com os filhos. O tucano foi filmado em seu apartamento, fazendo uma longa apresentação de sua vida. Chegou a se emocionar ao falar da morte de um filho. Ao mostrar feitos à frente do Ministério das Comunicações, apresentou-se como gestor que entrou na política contra "o regime militar". E, ao falar do tempo em que esteve à frente da prefeitura de Belo Horizonte, ressaltou que foi o criador do orçamento participativo, "ouvindo as sugestões da população".

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