Em meio a denúncias, Demóstenes Torres deixa a liderança do DEM

Senador é suspeito de receber dinheiro e favores de Carlinhos Cachoeira, preso pela PF por envolvimento em jogos de azar

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Por Redação
Atualização:

Ampliado às 14h23

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BRASÍLIA - O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deixou a liderança do partido. Em mensagem encaminhada ao presidente do Democratas, José Agripino (RN), Torres afirma que está deixando a liderança para acompanhar a "evolução dos fatos", numa referência às denúncias de envolvimento com o empresário do ramo de jogos de azar, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Esta é a íntegra da mensagem: "A fim de que eu possa acompanhar a evolução dos fatos anunciados nos últimos dias, comunico à vossa senhoria que estou deixando a liderança do partido". O presidente do DEM já havia manifestado constrangimento com a permanência de Torres na liderança do partido, depois das denúncias.

Cachoeira foi preso em 29 de fevereiro em Goiânia durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. A operação investigou um esquema de exploração de máquinas caça-níqueis. As investigações da polícia demonstraram que Cachoeira teve contatos com vários políticos de Goiás, entre eles com Demóstenes Torres. O parlamentar também recebeu presentes de Carlinhos Cachoeira.

Nessa segunda-feira, 26, três senadores da base aliada cobraram a ida do senador ao Senado para esclarecer sua relação com o empresário. Em entrevista ao estadão.com.br, o advogado do parlamentar, Antônio Carlos de Almeida Castro, confirmou que o senador tem amizade com Cachoeira, mas desconhecia as atividades com que o empresário estava envolvido. “O Cachoeira havia dito que tinha parado com qualquer atividade de contravenção e trabalhava atualmente com um laboratório”, disse.

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