PUBLICIDADE

Em entrevista, Dilma compara momento atual do País ao do golpe de 64

Presidente cassada afirma haver uma radicalização recente do 'golpe' que levou ao seu impeachment

Por Roberta Jansen
Atualização:
A ex-presidente Dilma Rousseff em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro. Foto: Pilar Olivares/Reuters

RIO DE JANEIRO - A presidente cassada Dilma Rousseff comparou a situação atual do País à do golpe militar de 1964, em entrevista coletiva a veículos de imprensa estrangeiros, nesta segunda-feira, 26. "Vivemos um tempo muito difícil", afirmou Dilma aos jornalistas, em evento organizado pelo PT do Rio de Janeiro.

Segundo Dilma Rousseff, houve uma radicalização recente do "golpe" que levou ao seu impeachment. "Acho que nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior. A história vai mostrar", declarou Dilma. Durante a coletiva, a ex-presidente disse que era preciso denunciar à imprensa internacional que o Brasil atravessa uma fase de radicalização do golpe e que o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) era um exemplo da radicalização da violência.

+ Segurança da caravana de Lula agride repórter de 'O Globo'

+ Decisão do STF reacende ‘plano A’ de Lula no PT

Também presente à coletiva, o possível candidato do PT ao governo do Estado do Rio, Celso Amorim, comparou o atual momento ao do surgimento do fascismo na Europa, citando como exemplo a intervenção federal no Rio. "Onde estava o interventor federal no momento da morte de Marielle Franco? Onde estava o interventor no momento da morte de oito pessoas na Rocinha? E na morte de cinco jovens em Maricá?", questionou Amorim.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.