PUBLICIDADE

Em eleição no Senado, Agripino ganha apoio formal do PSDB

Adversário do pefelista na disputa, Renan Calheiros ainda mantém vantagem

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Candidato da oposição à presidência do Senado, José Agripino (PFL-RN) recebeu nesta terça-feira o apoio de seu partido e do PSDB para enfrentar o atual presidente, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Marcada para esta quinta-feira, a eleição inicia a nova legislatura da Casa, logo depois de empossados os 27 senadores eleitos em outubro. Além do apoio do Planalto, Renan Calheiros conta com a quase totalidade dos votos do PMDB (20 senadores), PT (11), PDT (4), PTB (4), PSB (3) e do PL (2), o que lhe dá vantagem na disputa. Já Agripino recebeu o apoio formal de um dos dissidentes do PMDB: o senador Jarbas Vasconcelos (PE) comunicou a Renan que, como futuro integrante do bloco da oposição, votará no candidato que melhor atende a suas expectativas. Jarbas disse que se sente "desconfortável" no partido, mas que não pretende pedir a desfiliação. Na presença dos presidentes do PFL e do PSDB, senadores Jorge Bornhausen (SC) e Tasso Jereissati (CE), Agripino relacionou num manifesto as prioridades de sua gestão no Senado, se for eleito. Além de atuar para reduzir o número de medidas provisórias e de votar os vetos presidenciais, ele prometeu trabalhar pela "independência" do Legislativo e conseqüente recuperação da imagem do Poder. "Quero um Congresso forte e respeitado, composto por homens e mulheres que terão todo o seu prestígio político restaurado", afirmou. Frisou, ainda, que não será um obstáculo à governabilidade. "Apenas exigirei que se respeite um poder autônomo, que representa, legitimamente, a soberania popular". Como membro mais velho da Mesa, caberá ao primeiro-secretário, Efraim Morais (PFL-PB), comandar a sessão de escolha do presidente. O voto secreto de cada um dos parlamentares será depositado em cédulas de papel. Logo em seguida, os senadores recém-empossados, sob o comando do presidente recém-eleitos, escolherão os dois vices presidentes da Casa, os quatro secretários e seus suplentes, mediante acordo previamente fechados que incluem igualmente a distribuição das comissões permanentes do Senado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.