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Em discurso, Collor diz estar 'obrando' na cabeça de jornalista

Senador reafirma acusações contra colunista

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Por Fernando Martines
Atualização:

O senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL), disse em discurso em plenário nesta segunda-feira, 10, estar "obrando" na cabeça do jornalista Roberto Pompeu de Toledo, da revista Veja.

 

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"Eu tenho obrado em sua cabeça (Roberto Pompeu de Toledo) nesses últimos dias, venho obrando, obrando, obrando em sua cabeça. Para que alguma graxa possa melhorar seus neurônios. Para ele cair em si e trazer a verdade. Ele é mentiroso e salafrário, alguém que não merece título de jornalista", disse o senador Fernando Collor em discurso no plenário nesta segunda-feira.

 

O anúncio de Collor foi uma tréplica na discussão que se iniciou entre ele e o colunista de Veja, na semana passada. Collor acusou Roberto Pompeu de Toledo de, em 1992, propor ao então ministro Ilmar Galvão, do Superior Tribunal Federal, declararar Collor culpado no processo que corria contra ele - Ilmar Galvão era o encarregado pelo processo. Feita a condenação, Toledo faria uma grande entrevista com o ministro e o colocaria na capa de Veja

 

Ainda segundo a versão de Collor, o ministro Ilmar Galvão teria ficado indignado com a proposta e teria expulsado o jornalista de sua sala.

 

No último exemplar de Veja, que foi publicado neste sábado, o jornalista afirmou que não detinha tal poder e nunca fez nenhuma proposta do gênero. Segundo Toledo, ele sequer tinha o poder de definir qual seria a capa da revista. O colunista da Veja também afirmou que a alegação de ter sido expulso do gabinete do então ministro do STF não ocorreu.

 

No mesmo parágrafo em que se defendeu das acusações do senador Fernando Collor, o jornalista disse sete vezes ser mentira a história relatada pelo parlamentar. E terminou provocando: "Ao contrário de Sarney, não tenho Collor como defensor. Tenho como acusador. É uma honra."

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