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Em coluna, Lula defende reajuste a parte de aposentados

Por Gustavo Uribe
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, na segunda coluna semanal "O Presidente Responde", publicada todas as terças-feiras em 94 jornais cadastrados pelo governo federal, que negocia com as centrais sindicais um reajuste maior para aposentados. A seção responde a perguntas de leitores enviadas a veículos cadastrados e repassadas à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O governo seleciona todas as semanas três perguntas entre as enviadas. Na segunda edição da coluna, o presidente respondeu a dúvidas dos leitores sobre reajuste do salário mínimo, leis trabalhistas e carga tributária brasileira.A questão das aposentadorias apareceu na pergunta que abre a coluna, feita pelo jornalista aposentado Sanelvo Cabral, morador de Olinda (PE). Ele quis saber o motivo de o reajuste do salário mínimo não ser o mesmo para os benefícios de aposentados e pensionistas. De acordo com Lula, cerca de 70% dos aposentados e pensionistas brasileiros recebem o piso previdenciário no valor do salário mínimo e, com isso, têm o reajuste acima da inflação. Quanto àqueles que recebem valor superior ao piso, e que têm reajuste menor, o presidente informou que o governo federal está em negociações com as centrais sindicais para definir um novo porcentual de aumento.A segunda questão foi enviada pelo empresário Adílson Rodrigues, de Curitiba (PR). Ele perguntou ao presidente se não está na hora de o País implementar uma reforma nas leis trabalhistas para não permitir que pessoas continuem a receber seguro-desemprego mesmo atuando no mercado informal. Lula não respondeu à pergunta. O presidente apenas falou sobre a importância do seguro-desemprego em tempos de crise. "O fato é que o seguro-desemprego é uma ação de justiça social da qual o Brasil não abre mão. Em 2008, sete milhões de trabalhadores receberam a ajuda quando estavam em dificuldade."A última questão da coluna foi feita pelo consultor técnico João Paulo Passos, de Belém (PA). Ele perguntou ao presidente quando a carga tributária brasileira deixará de ser uma das maiores do mundo e baixará para níveis semelhantes aos de outros países. Lula discordou do consultor técnico e disse que a carga tributária brasileira está distante das mais elevadas do mundo. De acordo com ele, a Bélgica tem em impostos o equivalente a 44% do PIB e os tributos na Dinamarca chegam a representar 48,9%. O presidente ainda atribuiu aos impostos cobrados no País a possibilidade de o governo levar adiante programas como o PAC ou o Bolsa Família.

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