Em carta, PCdoB e PSB pedem votos do PMDB a Aldo

Partidos reconhecem que a sigla tem a maior bancada e o direito de indicar o presidente da Casa, mas, se a sigla não tiver candidato, o nome de Aldo está posto

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os presidentes do PCdoB, Renato Rabelo, e do PSB, Roberto Amaral, enviaram uma carta ao PMDB pedindo apoio à candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à presidência da Câmara. A bancada peemedebista se reunirá às 15h para decidir a posição que tomará na disputa. Na carta, os dois presidentes pregam a unidade, reconhecem que a sigla tem a maior bancada e o direito de indicar o presidente da Câmara, mas, se a sigla não tiver candidato, o nome de Aldo está posto. "Precisamos crescer, precisamos gerar empregos, precisamos combater o câncer da violência e da insegurança. E, para isso, precisamos, acima de tudo, de unidade. Unidade de todas as forças políticas que desejam um Brasil melhor", diz trecho da carta. A reunião do PMDB é acompanhada com expectativa pelos candidatos à presidência da Câmara. Os coordenadores da campanha de Arlindo Chinaglia (PT) consideram que o petista tem o apoio majoritário do PMDB. Portanto, um adiamento da decisão na reunião desta tarde já será uma derrota para a candidatura, segundo avaliaram dois coordenadores da campanha petista. Nesse entendimento, na hipótese do adiamento, Rebelo ganharia fôlego. Caso a bancada decida por Chinaglia, apoiadores do petista avaliam que Rebelo ficará bastante enfraquecido na disputa. Na segunda, foi feita a primeira aferição na base sobre a preferência dos candidatos, mas o resultado foi a indefinição de apoios. A reunião com presidentes e líderes de partidos que apóiam o governo, comandada pelo ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, mostrou que os aliados estão divididos. De acordo com relato de participantes da reunião, a avaliação feita pelos representantes dos partidos mostrou que não há apoio majoritário ainda para os candidatos Rebelo e Chinaglia. Fora as declarações claras do PCdoB e do PSB a favor de Aldo e do PT a favor de Chinaglia, o quadro traçado pelos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de indefinição, segundo informaram participantes do encontro. "O objetivo era fechar um consenso, mas está tudo muito dividido. Não tem partido fechado com ninguém", afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi, que participou do encontro. Lupi disse que o seu partido vai se reunir na próxima sexta-feira no Rio de Janeiro para definir a posição que adotará sobre a sucessão na Câmara.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.