Em carta, Battisti alega inocência e fala em perseguição

Por AE
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O italiano ex-ativista Cesare Battisti disse em carta endereçada a jornalistas que promete atender a todos os pedidos de entrevista, mas que no momento não se sente bem. O italiano, que conseguiu o status de refugiado político mas permanece preso, voltou a alegar inocência na carta escrita do Presídio do Papuda, em Brasília. "Reafirmo a minha condição de perseguido político. Não sou responsável por nenhuma das mortes que me acusam e sei que a dor que elas causaram é imensa ainda hoje". O governo brasileiro concedeu status de refugiado político a Battisti neste mês. A decisão provocou reações da Itália, que pediu a extradição do ex-ativista de esquerda acusado de quatro crimes no país. Com o status de refugiado político, Cesare não pode ser extraditado. A decisão, tomada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, fez com que a Itália chamasse de volta o seu embaixador no Brasil para consultas. Hoje o ministro negou que haja uma "crise" entre os países. No documento, Battisti disse que foi condenado a dois crimes diferentes que ocorreram no mesmo dia, "ao mesmo tempo e em cidades distantes". "A pessoa que me acusou foi extremamente torturado (sic) por isso esas (sic) e outros fatos não posso pagar pelo que não fiz".

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