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Em carta a senadores, Sarney explica atuação do neto

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Por Sandra Manfrini
Atualização:

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), enviou carta a todos os senadores com o objetivo de esclarecer informações sobre a participação de seu neto José Adriano Sarney, sócio da empresa Sarcris, acusado de intermediar operações de crédito consignado do HSBC a servidores do Senado. Sarney cita reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que trouxe o caso a público, e diz que sua intenção com a carta é "repor a verdade dos fatos".O presidente do Senado alega que a autorização do Senado para operar em crédito consignado com o HSBC é de maio de 2005, quando ele não ocupava nenhum cargo na Casa. A empresa Sarcris começou a operar, segundo Sarney, em 11 de setembro, "portanto, dois anos depois da autorização". A carta foi acompanhada de nota do banco HSBC, que confirma as datas mencionadas. "A Sarcris foi cadastrada em 9 de maio de 2007 e registrada para operar no Senado em nome do HSBC, em 11 de setembro de 2007. Entre o final de 2008 e fevereiro de 2009, o HSBC desativou todas as parcerias com aqueles seis correspondentes, inclusive a Sarcris", diz a nota do HSBC anexada à carta enviada por Sarney aos senadores."Quando assumi a presidência, em fevereiro, a Sarcris já estava descredenciada pelo HSBC e não operava mais no Senado", afirma o presidente da Casa, acrescentando: "nenhuma ligação pode ser feita entre a minha presidência e o fato objeto da reportagem". Sarney informa ainda que pediu à Polícia Federal que investigue todos os empréstimos consignados no Senado e as empresas que os operam e reitera que "nenhuma denúncia ficará sem apuração e que todas as medidas estão sendo adotadas com firmeza e decisão".

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