Em ato falho, Marina admite saudades de petistas

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Por CHICO SIQUEIRA
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Foi por um ato falho, durante uma entrevista à imprensa, que a senadora Marina Silva, pré-candidata à Presidência da República pelo Partido Verde (PV), demonstrou que ainda não esqueceu o PT, seu antigo partido. A senadora confessou que ainda sente saudades dos antigos aliados petistas e avaliou sua saída do PT como um ''processo doloroso'', que ainda não foi concluído.Ao responder uma pergunta sobre a possibilidade de contrapor o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff como estratégia eleitoral de campanha, a senadora esqueceu, por um breve momento, ter saído do PT em 19 de agosto de 2009 para ingressar no PV. "Nós, do PT...", disse. Ao perceber o ato falho, a senadora tentou consertar: "Digo isso porque fui do PT durante 30 anos - e eu sempre brinco: ''estou fazendo luto''. É um processo doloroso, mas ao mesmo tempo animador, por estar com os companheiros do PV".Mais tarde, a senadora confessou que ainda enfrenta um "processo" de esquecimento da antiga legenda, principalmente por conta dos antigos amigos que deixou no partido governista, com os quais espera contar nesta campanha."É um processo doloroso, todos meus amigos e meus companheiros vêm dessa relação de 30 anos. Não é fácil tomar uma decisão como essa (sair do PT); obviamente que as pessoas que são minhas amigas e considero meus companheiros, continuo com o mesmo respeito e com o mesmo carinho. Tenho a alegria de estar com Gabeira, com o Fabio Feldmann, mas obviamente que sinto saudades dos meus amigos do PT, que considero parte do processo, são meus amigos, todos são companheiros, mas só que em partidos diferentes", disse.

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