Em 60 dias, a atual estrutura administrativa do Senado estará reduzida em 40%. A garantia foi dada pelo presidente da Casa, senador José Sarney, ao apresentar nesta terça-feira, 12, o estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas sobre a redução de gastos do Senado.
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Entre as principais iniciativas para reduzir gastos, o estudo destaca a redefinição do sistema hierárquico e de remunerações da Casa, assim como a redução do número de diretores que passarão de cerca de 180 para sete.
Outra medida é o corte pela metade dos cargos de direção intermediários. O estudo também prevê o fortalecimento do suporte administrativo e da infraestrutura tecnológica, ou seja a Diretoria Geral passará a dar maior suporte administrativo à Casa.
Segundo Sarney, a atual estrutura do Senado será reduzida em 30% agora e em seis meses pode ultrapassar esse porcentual. "Em poucos meses reduziremos 40% da estrutura atual. Alguns problemas que enfrentamos são vergonhosos, eu reconheço".
O senador disse que as medidas só devem começar a valer em 60 dias. Primeiro ele pretende deixar as propostas na internet por 30 dias, para receber sugestões de senadores e funcionários e mais 30 dias para que as sugestões possam ser absorvidas e o trabalho tenha início.
Pela proposta da FGV, das 38 secretarias hoje existentes, apenas 14 serão eliminadas. Ou seja, 22 funcionários continuarão a receber a mesma função comissionada que ganham hoje. Serão 22 ex-secretarias que serão convertidas em departamentos, assessorias, e controladoria. Das 73 subsecretarias, 55 serão convertidas em coordenações, com seus titulares recebendo a mesma gratificação de hoje. Pelo estudo da FGV, serão eliminados 43 gabinetes de subsecretarias e 24 gabinetes de secretarias, além de oito assessorias nos escalões intermediários e 54 unidades operacionais.
(Com Eugênia Lopes, de O Estado de S.Paulo)