PUBLICIDADE

Elogios a Dilma marcam inauguração do PAC em Recife

Por LEONENCIO NOSSA E ANGELA LACERDA
Atualização:

A cerimônia de inauguração da obra do canal do rio Jordão, em Recife (PE), como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foi marcada por elogios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros ao trabalho da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O primeiro a elogiar foi o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Em um discurso inflamado, disse que Dilma era uma mulher "arretada". Até um líder comunitário recrutado pelos petistas, Dilson Martins, do bairro do Jordão, relatou que escreveu para a ministra liberar as obras no bairro e foi atendido. Em seguida, falou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que disse que a ministra tem a capacidade de fazer as coisas saírem do papel. "Tem gente que gosta de aparecer na televisão, mas não aparece no dia-a-dia do povo. Aqui o PAC não é conversa e nem ''blá-blá-blá''", afirmou. A ministra, por sua vez, tentou fazer um discurso popular. Citou problemas nordestinos e disse que o governo trabalha para que em Pernambuco não tenha nenhum candeeiro aceso até 2010, numa referência ao programa ''Luz para Todos''. Depois, comparou o PAC a uma locomotiva, com vários vagões, ou áreas de atuação. Em boa parte de seu discurso de três minutos, a ministra não dispensou os números e dados técnicos, o que obrigou o presidente Lula a pedir a um grupo de militantes da União da Juventude Socialista a prestarem atenção nos dados da ministra. Ao final da cerimônia, a ministra foi requisitada por simpatizantes, que lhe pediam autógrafos. Ao ser questionada se estava em campanha política, Dilma desconversou. "Não. Estou fazendo o PAC". Quando foi perguntado à ministra se ela gostava do clima do Nordeste, referindo-se ao clima político, ela preferiu brincar: "Um pouco quente. Estou derretendo."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.