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Elmar assume liderança do União Brasil na Câmara

Nome da nova legenda, que possui 81 deputados, passou agora a aparecer no painel do plenário e no site oficial da Casa

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Foto do author Iander Porcella
Por Iander Porcella (Broadcast) e Izael Pereira
Atualização:

BRASÍLIA - O União Brasil, partido formado a partir da fusão entre DEM e PSL, foi formalizado nesta quarta-feira, 23, na Câmara, sob a liderança do deputado Elmar Nascimento (BA). O nome da nova legenda passou agora a aparecer no painel do plenário e no site oficial da Casa. Com 81 deputados, o União Brasil se tornou o maior da Câmara, mas deve registrar defecções, principalmente de parlamentares bolsonaristas.

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“Em 86,4% das votações nominais da Casa, DEM e PSL votaram de forma muito semelhante”, afirmou Elmar, ao assumir a liderança da legenda na Câmara. Como mostrou o Broadcast Político, o União Brasil se articula para ampliar poder no Congresso em 2022 com o controle de comissões estratégicas e da elaboração do Orçamento do ano que vem, que vai ser executado por quem for eleito em outubro.

A nova legenda se articula para presidir a Comissão Mista de Orçamento (CMO), a mais cobiçada do Legislativo, e mais quatro colegiados da Câmara, incluindo a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com isso, o partido quer ter influência majoritária na elaboração do Orçamento de 2023 e nas votações dos principais projetos de lei.

Elmar Nascimento (BA) será líder do União Brasil na Câmara; partido nasce com 81 deputados, mas deverá registrar defecções, principalmente de parlamentares bolsonaristas. Foto: Câmara dos Deputados/ Reprodução

A fusão entre DEM e PSL foi homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último dia 8. O presidente nacional da nova sigla é o deputado Luciano Bivar (PE), que era também dirigente do PSL. O secretário-geral do partido, por sua vez, é o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que deve concorrer neste ano ao Governo da Bahia.

Nas últimas semanas, o União Brasil passou a negociar uma federação partidária com o MDB e o PSDB. A federação cria uma "fusão temporária" entre as legendas que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o final do mandato seguinte.

No último dia 15, Bivar disse que seu partido e o MDB "caminharão juntos" mesmo que não seja possível fechar a federação. No mesmo dia, o deputado teve uma reunião com o presidente do MDB, Baleia Rossi, e com o líder nacional do PSDB, Bruno Araújo, para discutir a eventual aliança entre as siglas.

"O martelo já está batido, nós e o MDB vamos caminhar juntos. Isso está certo. Vamos caminhar juntos para tentar a federação. Se, por acaso, não for possível fazer federação, porque você tem que ver os Estados, aí nós vamos caminhar juntos independente da federação", afirmou Bivar.

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O MDB lançou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência, enquanto o PSDB aposta no governador de São Paulo, João Doria. Com uma federação entre as siglas, apenas um deles poderia concorrer ao Palácio do Planalto. O União Brasil, por sua vez, não tem um candidato presidencial.

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o prazo para a formação de federações ficou definido em 31 de maio.

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