Ellen Gracie assume a presidência do STF

É a primeira vez que a Corte mais importante do País é comandada por uma mulher

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Por Agencia Estado
Atualização:

A ministra Ellen Gracie Northfleet tomou posse nesta quinta-feira da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seus 177 anos de história, essa é a primeira vez que o STF é comandado por uma mulher. Separada, mãe de uma filha e com 58 anos de idade, Ellen Gracie poderá assumir por alguns dias a Presidência da República, o que também será inédito. Isso deverá ocorrer em maio, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará para a Áustria e os seus sucessores imediatos deverão evitar substituí-lo para não ficarem inelegíveis. Ellen Gracie já exercia o cargo interinamente há cerca de um mês em substituição ao ministro Nelson Jobim, que se aposentou para tentar uma volta à carreira política. A mudança de administração já é notada em detalhes da rotina da Corte. Além de pequenas reformas, a ministra é responsável por modificações na forma de administrar o tribunal. Mulheres no Supremo Até a segurança do STF dá sinais de mudança. As modificações começaram pela escolha da chefia do setor. A ministra convidou para o posto a capitã Keydina Lima, de 29 anos, da Polícia Militar do Ceará, que já atuou no batalhão de choque e atualmente estava cedida para o Tribunal de Justiça do Estado para fazer a segurança de autoridades. Não há registros de que uma mulher tenha ocupado o cargo antes no STF. O teste de Keydina no posto ocorreu nesta semana, durante reunião com a equipe de segurança a Presidência da República, que esteve no tribunal para fazer uma avaliação da área. Na ocasião, a capitã foi firme com os seguranças de Lula, causando surpresa na equipe que comandará no Supremo. A expectativa é de que Ellen Gracie nomeie nos próximos dias outras mulheres para cargos de coordenação no Supremo. E é possível que em breve ela deixe de ser a única mulher a ocupar o cargo de ministro no STF. O presidente Lula deverá anunciar nos próximos dias o nome do ministro ou da ministra que ocupará a cadeira deixada por Jobim. A escolha deverá ficar entre as juristas Misabel Derzi, Maria Lúcia Karan e Carmen Lúcia Antunes Rocha.

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