Eletronorte culpa descarga por apagão no Pará

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Por Agencia Estado
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O gerente regional de Transmissão das Centrais Elétricas do Norte (Eletronorte) em Belém, Francisco França, afirmou hoje que uma "forte descarga elétrica, durante tempestade na região de Tucuruí", foi a causa do apagão que, ontem à noite, atingiu 85 dos 143 municípios do Pará, a capital, Belém, e parte do Maranhão, deixando mais de três milhões de pessoas sem a energia produzida pela hidrelétrica de Tucuruí durante uma hora. O sistema de proteção (pára-raios) da Eletronorte, segundo França, não conseguiu escoar as descargas atmosféricas produzidas pelas fortes chuvas que ultimamente têm caído ao longo das 750 torres da linha de transmissão de 325 km entre a cidade de Tucuruí e o porto de Vila do Conde. Por causa disso, no momento do apagão, entre 19h03 e 19h59, doze máquinas da hidrelétrica deixaram de funcionar. O Maranhão, porém, ficou sem energia por cerca de 20 minutos, já que o sistema interligado permite que aquele estado receba energia do Sul e Sudeste quando há interrupção do fornecimento do Pará. A hidrelétrica de Tucuruí, que está duplicando sua capacidade de geração de energia dos atuais 4 mil megawatts (MW) para 8,3 mil até 2.006, possui três grandes linhas de transmissão: duas seguem para Marabá, de onde sai a energia para as regiões Sul e Sudeste do Pará, além de alguns Estados do Nordeste; a terceira linha vai até Vila do Conde, por onde passa a eletricidade consumida pelos 1,5 milhão de moradores da Grande Belém. Essa linha também alimenta o projeto Albrás/Alunorte, pólo industrial de alumínio. Foi essa terceira linha a mais atingida pelas descargas atmosféricas. Uma das duas linhas de transmissão que segue para Marabá também foi afetada, deixando na escuridão os municípios das regiões Guajarina, Bragantina, do Salgado e parte do Baixo Tocantins. França garantiu não ter havido prejuízos materiais para a Eletronorte. "A manutenção das linhas de transmissão é feita pela própria empresa. O raio não causou danos nas linhas. O sistema foi paralisado por medida de precaução".

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