Eleitor de Aécio diz que votaram em seu lugar em SBC

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Por Redação
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São Bernardo do Campo, 26/10/2014 - O representante comercial Jose Roberto dos Santos teve uma surpresa ao chegar para votar na Escola Estadual José Firmino Correia de Araújo, em São Bernardo do Campo, no ABC, região metropolitana de São Paulo. Ao apresentar o seu título de eleitor e um documento com foto, ele foi informado de que já haviam votado em seu lugar. "Eu vi a assinatura embaixo da minha do primeiro turno e era completamente diferente", disse. A escola é a mesma em que votou neste domingo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após o incidente, Santos deixou o local dizendo que ainda não sabia o que faria. "Vou ligar no cartório eleitoral e ver o que é possível fazer", disse, ressaltando que pretendia votar no candidato tucano Aécio Neves. "Para não compactuar com essa roubalheira que está acontecendo no País, ia votar no Aécio", disse. O auxiliar de logística da escola que trabalha na votação, Anderson Charles da Silva, disse que "erros acontecem" e que os procedimentos - como invalidação do voto errado ou até anulação da urna na sessão de Santos - só podem ser esclarecidos pelo juiz eleitoral. A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que o erro pode ter sido do mesário, por conta de homônimos, mas disse que não é possível confirmar neste momento se esse foi o caso. O TRE esclareceu ainda que o mesário da sessão terá que relatar o caso em ata e que o cartório eleitoral vai regularizar a situação do eleitor. Porém, não há como ele ter o seu voto computado. ConfusãoAlém do caso de Santos, outro acontecimento marcou a votação de Lula em São Bernardo do Campo. Mais cedo, um advogado eleitor de Aécio, com adesivos do candidato na camiseta, provocou militantes petistas e foi retirado do local. Marcos Neves, de 31 anos, queixou-se de falta de democracia. "Vim votar, vi a movimentação e só quis exercer o direito de me expressar. O fato de eles estarem com bandeiras do PT, para mim, também pode parecer provocação. É um absurdo que aconteça isso em país democrático", afirmou. (Carla Araújo - carla.araujo@estadao.com)

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