Eleição no Senado botou Múcio na mira do PMDB

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Por AE
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O PMDB botou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB), no alvo dos ataques políticos desde a disputa para a presidência do Senado, no início do ano. Os peemedebistas não perdoam o fato de Múcio ter trabalhado pela candidatura de Tião Viana (PT-AC), derrotado pelo senador José Sarney (PMDB-AP). O que o PMDB quer mesmo é atingir o objetivo definido em um jantar na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), em meados de março. No jantar, que juntou Sarney, três ministros do partido e os líderes do Congresso, ficou acertado que um dos preços pelo apoio à pré-candidatura da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é a abertura de ?um assento permanente? para o partido na coordenação política do governo, alojada no Planalto.Múcio admitiu ter trabalhado pela candidatura de Viana, mas disse ao Estado não ver qualquer pressão por parte do PMDB para ocupar sua cadeira. ?É verdade que trabalhei por Tião Viana, que era o candidato único do governo. O senador Sarney só se lançou 10 dias antes da disputa?, afirmou o ministro. A eleição para o comando da Câmara e do Senado ocorreu no dia 2 de fevereiro e, de lá para cá, Múcio tem enfrentado uma avalanche de críticas tanto por parte do PMDB como do PT. ?Mas não vejo essa pressão pelo meu lugar. A relação no Senado melhorou muito?, amenizou o petebista, que disse não temer o ataque especulativo à sua cadeira. ?Quem faz a coordenação política do governo é o presidente. Ele é o grande coordenador. Eu apenas cumpro a sua orientação?, desconversou.Na prática, o PMDB ativou a barganha desenfreada por saber que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está interessado em fortalecer o mais rapidamente possível a pré-candidatura de Dilma, garantindo a maior parte do partido ao seu lado. A ação presidencial provocou até movimentos imediatos dos partidos de oposição (PSDB, DEM e PPS), que também desejam o apoio do PMDB para a candidatura do governador José Serra (PSDB) ao Planalto. Eles procuraram interlocutores peemedebistas para evitar que algum acordo com o governo seja acertado com tanta antecedência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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