A eleição do novo presidente da CPI da Corrupção do Distrito Federal foi adiada novamente pelo presidente em exercício, deputado Batista das Cooperativas (PRP). A vaga está aberta desde terça-feira, 26, quando o presidente anterior, Alírio Neto (PPS), saiu do colegiado. O mais cotado para assumir a presidência das investigações era Geraldo Naves (DEM), aliado do governador José Roberto Arruda (sem partido), acusado em inquérito policial de ser o mentor do esquema de corrupção local, conhecido como "mensalão do DEM".
Veja também:
As justificativas apresentada por Batista para o cancelamento do encontro, que estava previsto para esta sexta-feira, 29, às 15h, foram a falta de indicação de um parlamentar para a composição da CPI, após a renúncia da deputada Eliana Pedrosa (DEM), que ocorreu na reunião desta quinta-feira, 28, e a ausência da publicação do novo coeficiente partidário no Diário da Câmara Legislativa.
A vaga de Pedrosa precisa ser preenchida antes que a CPI possa continuar a trabalhar. A deputada decidiu renunciar por conta de uma briga entre ela e Naves. Até a semana passada, os dois reivindicavam para si o cargo de líder do partido. O diretório do DEM-DF desempatou a disputa em favor de Naves. Ela afirmou que sua renúncia visaria observar a proporcionalidade partidária e dar "maior transparência e para que não pairem dúvidas quanto à seriedade do processo de investigação".
Atualmente, além de Batista e Naves, compõem a CPI os deputados Raimundo Ribeiro (PSDB), que é relator, e Paulo Tadeu (PT). É esperado que o DEM indique um deputado de outro partido para a vaga a que tem direito na CPI, uma vez que o terceiro parlamentar eleito pelo partido, Paulo Roriz, está licenciado e chefia atualmente a Secretaria de Habitação do governo Arruda.