PUBLICIDADE

Egípcio apoiado pelo Brasil nega ser antissemita

Por AE
Atualização:

O ministro da Cultura do Egito, Farouk Hosny, acredita que a acusação de antissemitismo é um obstáculo que já pode ser retirado de seu caminho rumo à direção-geral da Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em visita ao Rio, Hosny disse que uma declaração sua foi retirada do contexto original e teria sido uma ?emboscada armada pelos governos de Israel e dos Estados Unidos?, durante o mandato de George W. Bush. Ele diz já ter aberto um diálogo com o governo de Barack Obama, o que pode permitir o fim do veto dos Estados Unidos ao seu nome. O candidato referendado por Obama para o cargo, contudo, pode ser o brasileiro Márcio Barbosa, atual diretor adjunto da Unesco, preterido pelo Itamaraty - assim como o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). O governo brasileiro decidiu apoiar Hosny em nome da política de aproximação do Brasil com países árabes, consagrada na Cúpula América do Sul - Países Árabes, em 2005. Para Hosny, o Brasil entendeu que ?é a vez de um árabe? na Unesco e terá, em retribuição, apoio das nações de maioria muçulmana para candidaturas como a vaga pretendida pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie no órgão de apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC).Ministro da Cultura do Egito há mais de duas décadas e administrador do patrimônio de antiguidades do Egito, Hosny caiu em desgraça nos EUA e na Europa em 2008 depois que entidades judaicas protestaram contra a declaração de que queimaria livros em hebraico no Egito. Segundo ele, a frase foi uma resposta irritada a opositores do governo, para negar a existência de livros israelenses em bibliotecas do país. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.