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Efraim responsabiliza presidente da CEF por violação de sigilo

O presidente da CPI dos Bingos quer que Jorge Mattoso deponha para explicar a obtenção ilegal da conta do caseiro Francenildo Santos Costa

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da CPI dos Bingos, Efraim Morais (PFL-PB) defendeu a convocação do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, para explicar a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. "Até que se prove o contrário, o responsável por isso é o presidente da Caixa", disse o senador, ressaltando que ainda não há um requerimento formal da oposição pedindo a convocação de Mattoso. Outros parlamentares do PFL, como o senador Romeu Tuma (SP) e José Jorge (PE), também querem a presença de Mattoso na comissão. Em relação ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o senador Efraim Morais acha também que ele deveria comparecer espontaneamente à CPI para esclarecer as denúncias. O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) disse que apresentou à CPI Bingos requerimento de convocação do presidente da CEF para prestar depoimento sobre o vazamento de informações da conta bancária do caseiro. As informações sobre o dinheiro movimentado na conta de Francenildo foram publicadas depois que ele contradisse Palocci, que havia negado que freqüentasse a mansão brasiliense em que se realizavam, segundo denúncias, transações financeiras supostamente ilícitas. Decisão do Supremo Morais rebateu decisão do Supremo Tribunal Federal - que manteve a suspensão do depoimento do caseiro - afirmando que a CPI não está fugindo ao fato que levou à sua criação. "Não estamos fazendo uma CPI contra o ministro Antonio Palocci e nem investigando o ministro. Estamos trabalhando dentro do foco e não é culpa da CPI que durante as investigações ele (ministro) tenha sido citado", afirmou Morais. Na avaliação do Efraim Morais, a decisão do Supremo de suspender o depoimento de Francenildo não tem a menor importância, uma vez que ele já confirmou à comissão a sua entrevista ao jornal Estado. "O relator já tem dados suficientes sobre isso e o depoimento de Francenildo já foi suficiente", disse Morais.

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