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Cunha é mais um alvo da Lava Jato interessado nas eleições 2022

O ex-presidente da Câmara se filiou ao PTB de São Paulo, Estado pelo qual pretende disputar um cargo como deputado federal; para tanto, Eduardo Cunha precisaria antes reverter a cassação do mandato

Foto do author Luiz Vassallo
Foto do author Pedro  Venceslau
Por Camila Turtelli , Luiz Vassallo e Pedro Venceslau
Atualização:

Um dos pivôs do esquema de corrupção na Petrobrás, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, que foi preso em 2016 e solto em 2021, se filiou ontem ao PTB em São Paulo e disse que pretende voltar ao Parlamento. 

O ex-parlamentar tenta reverter a cassação do seu mandato na Câmara, o que o deixou inelegível por oito anos, até 2024. "Ele está recorrendo e pretende recuperar os direitos políticos", disse Flávio Beal, vice-presidente do PTB-SP.

Eduardo Cunha se filiou ao PTB com o objetivo de se eleger para o Congresso. Foto: Flávio Beal/PTB

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O ex-presidente da Câmara foi preso preventivamente em outubro de 2016, após ser acusado de participar de esquema de corrupção na Petrobrás. Em março de 2017, foi condenado pelo então juiz Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas envolvendo a compra de um campo de Petróleo na África, pela estatal petrolífera.

A onda de anulações de sentenças e provas da Lava Jato acabou beneficiando o ex-deputado, que, livre, voltou a atuar politicamente. 

Questionado pela reportagem sobre como pretende reverter sua cassação, Cunha desconversou. "Meus advogados estão cuidando disso e não veem problema". O ex-presidente da Câmara disse, ainda, que levou 22 candidatos com ele para o PTB e que escolheu a sigla por ser "mais afinada" com seu perfil antipetista.

"Escolhi o PTB em função da nominata e por ter uma atuação na base do Bolsonaro, o que é mais afinado com discurso anti-PT", afirmou.

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