RECIFE - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, um dos possíveis candidatos à Presidência da República em 2014, negou especulação de que possa vir a ser vice da presidente Dilma Rousseff, em um arranjo eleitoral visando à reeleição da petista, em 2014.
A especulação surgiu depois de Campos ter conversado com Lula ao menos duas vezes nas últimas semanas. A hipótese de aliança foi divulgada em reportagem do jornal "O Globo" nesta terça-feira, 16. O jornal diz que a hipótese está causando mal-estar no PSB e entre prováveis apoiadores da pré-candidatura presidencial de Eduardo.
"Não tem a menor procedência", disse Campos sobre a hipótese, em entrevista concedida na manhã desta terça-feira, 16, no bairro de Santo Antônio, no centro do Recife, onde assistiu à missa da padroeira da cidade, Nossa Senhora do Carmo.
Campos também disse não ter fundamento a hipótese de saída do PSB para disputar a presidência pelo PT, com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em caso de a candidatura de Dilma à reeleição naufragar. O governador disse conversar com Lula, sem obstáculos, sempre que precisa. O tema das conversas foi a onda de protestos que tomaram o Brasil em junho.
Afirmando que o PSB está tranquilo, o governador de Pernambuco repetiu que só tratará de 2014 em 2014. Sua preocupação, no momento, é com a economia do País, diz. Ele admitiu que Pernambuco está sendo afetado pela desaceleração da economia brasileira e pregou "ser fundamental que o Brasil volte a crescer sob pena de o Estado ter um comprometimento econômico cada vez mais próximo do Brasil".
"Estou fortemente preocupado e acho que todos os brasileiros, governo e oposição devem ter um ponto em comum: não permitir que se agrave a situação econômica e não se ponha a perder tudo o que conquistamos nos últimos anos, sobretudo os postos de trabalho", disse.
2014. Pesquisa de intenção de voto divulgada nesta terça pela CNT, aponta que Campos passou de 3,7% das intenções de voto para 7,4%. Já Dilma caiu 19,4 pontos percentuais na comparação com os números registrados na pesquisa anterior e tem agora 33,4% das intenções de votos dos brasileiros.