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Economista propõe duas saídas para ´armadilha´ dos juros

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Por Agencia Estado
Atualização:

O economista Yoshiaki Nakano, ex-secretário de Fazenda do governo Mário Covas, defendeu duas saídas para o Brasil vencer a "armadilha" dos juros altos. Segundo ele, o governo deveria estabelecer uma meta de déficit nominal zero para as contas públicas como caminho para aumentar a credibilidade brasileira. Simultaneamente, ele propõe que o Banco Central deixe de fixar taxas de juros de curto prazo como a Selic, o que faria com que o Tesouro Nacional pudesse fixar taxas de juros para a remuneração dos títulos públicos condizentes com o mercado. A partir dessas duas ações, Nakano acredita que o Tesouro teria condições de reduzir a participação dos títulos pré-fixados no total da dívida, substituindo-o por papéis pós-fixados com taxas convergentes aos juros internacionais. Para o ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, a redução dos juros deve ser a prioridade do futuro presidente da República. Ao falar durante o seminário "Renovar Idéias - Política Monetária e o Crescimento Econômico do Brasil", promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, do PSDB e pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Nakano fez um histórico que explica as altas taxas de juros no Brasil, mesmo em momentos de condições econômicas favoráveis. Atualmente, segundo ele, o País vive um desses momentos, já que o risco Brasil caiu quase para 200 pontos base, mas os juros continuam altos. "Precisamos desmontar essa armadilha", alertou. O economista defendeu ainda que a condução da política monetária leva em consideração diferenças entre a economia doméstica e a internacional . Nesse sentido ele ponderou que quando as taxas de juros são elevadas abruptamente para responder a eventuais choques externos, elas devem ser reduzidas "na mesma velocidade".

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