
16 de setembro de 2014 | 21h17
Sobre a possibilidade de mudanças na exploração do pré-sal pelo modelo de partilha, Rands disse que não viu Marina discutir o assunto, "o que não quer dizer que ela não possa ter discutido". "Eu não a vi, mas o Walter Feldman deixou claro ontem que a empresa não tem situação suficientemente forte de caixa para fazer todos os investimentos, e isso vai atrasar o resultado do pré-sal", declarou.
O economista condenou a estratégia da campanha adversária de divulgar a possibilidade de venda da Petrobras em caso de vitória de Marina. "A estratégia de ataques do PT à Marina vai ser um tiro no pé. O PT está fazendo uma estratégia de curto prazo, porque tem mais tempo no horário eleitoral. O fato de Marina ter pouco tempo para responder, aí ele (o PT) faz esses ataques completamente mentirosos", afirmou. "Nunca ouvi falar (de venda da Petrobras). Tenho certeza que não passaria jamais na cabeça dela (Marina) privatizar a Petrobras", completou.
Para o colaborador, as "mentiras" propagadas pela campanha petista poderão ser "desmoralizadas" num eventual segundo turno entre a ex-senadora e a presidente Dilma Rousseff. "A candidata do PT vai perder credibilidade junto ao eleitor", previu.
Rands afirmou que não considera um erro a campanha do PSB ter se adiantado e lançado um programa de governo antes dos adversários. Em sua avaliação, a campanha do partido está promovendo o debate.
Após as críticas ao programa, ele admitiu que um grupo pode estar discutindo a revisão do documento com o objetivo de detalhar alguns pontos. "Imagino que a ideia deles é fazer esclarecimentos. É compreensível", comentou. "Um programa desses para você fazer é uma coisa complicada. Várias partes estão dando condições para interpretações distintas. Os adversários de Marina estão dando interpretações as mais perversas possíveis", emendou.
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