PUBLICIDADE

É preciso ouvir comunidades indígenas sobre água, diz senadora

Marina Silva diz que preocupa o fato de existirem 220 povos no país, que falam cerca de 180 línguas diferentes

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A senadora Marina Silva, vice-presidente da Subcomissão das Águas no Senado, disse, em Foz do Iguaçu, que a realização do Fórum de Águas das Américas no Brasil tem um significado especial, porque lembra a responsabilidade da população brasileira em lidar com 11% de toda a água doce do planeta. Ele defendeu também que os povos indígenas sejam ouvidos sobre a gestão da águas no território nacional. Ela foi uma das palestrantes no Fórum de Águas das Américas e 5º Encontro Cultivando Água Boa que reúne, até terça-feira na tríplice fronteira Brasil, Paraguai, Argentina, representantes de 33 países que discutem a preservação ambiental e o futuro dos recursos hídricos no mundo. Para enfatizar a responsabilidade do país na área ambiental, Marina Silva enumerou algumas questões, como o fato de o Brasil possuir a maior floresta tropical do mundo e possuir 60% de cobertura florestal. "Entretanto, não tem como discutir soluções para problemas ambientais sem o compromisso conjunto de todos os setores do governo e da sociedade, adotando juntos critérios de sustentabilidade", assinalou a senadora. Ela disse que ainda preocupa o fato de existirem 220 povos no país, que falam cerca de 180 línguas diferentes e se constituem num patrimônio de conhecimento das riquezas naturais de suas comunidades, que não são ouvidos pela ciência ocidental, que ainda não aprendeu a aproveitar esse potencial. Ressaltou também o esforço que o governo vem fazendo para proteger a floresta amazônica, porque isso será fundamental para o Brasil apresentar no Fórum Mundial das Águas, que será realizado em março de 2009, na Turquia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.