Um dos possíveis grampeados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, disse não acreditar que representantes do governo tenham dado ordens para espionar aliados e opositores. "É preciso checar a veracidade das informações", avaliou. "Estamos apenas na lista de suspeitos", brincou. "O fogo amigo que está sendo divulgado pode não ser um grampo." Veja também: Abin diz que abrirá sindicância para apurar grampos 'Lula terá que tomar providências', diz Garibaldi Grampeado, Demóstenes exige medidas de Lula Supremo quer que Lula esclareça grampos da Abin, diz Mendes José Múcio observou que os supostos grampos atingem "todos", governo e oposição. "Mas é claro que não é bom estar sob suspeição", disse. Em viagem ao sertão pernambucano, o ministro informou que irá fazer uma análise do quadro e conversar com outros representantes do governo na próxima segunda-feira, em Brasília. A uma pergunta sobre o papel do Ministério da Justiça no caso, ele disse não acreditar que a pasta comandada por Tarso Genro tenha coordenado gravações clandestinas. "Não acredito nisso", afirmou. Em relação a suas conversas, o ministro voltou a dizer que seu telefone é uma "rádio comunitária". "A mim não incomoda", ressaltou. "Qualquer avaliação deve ser feita após confirmar a veracidade das informações", completou. No Palácio do Planalto, também teriam sido grampeados o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.