Como o senhor vê a decisão da presidente Dilma Rousseff de excluir o PDT da reunião com a base aliada?
Foi uma decisão pessoal dela. Chamou os líderes que votaram a favor do mínimo de R$ 545. Nosso líder fez a defesa de outro valor e talvez ela tenha deixado de convidá-lo porque a presença dele poderia ser constrangedora.
O senhor considera que as relações entre o PDT e a presidente ficaram estremecidas?
De jeito algum. Mas é preciso acabar com essas atitudes infantis.
Da presidente Dilma?
Da presidente Dilma e do PDT. As relações entre os aliados deve ser baseada na racionalidade e não na emoção.
O senhor vê risco de o ministro Carlos Lupi ser demitido pela presidente?
Não vejo. A direção do PDT ficou a favor do mínimo defendido pelo governo. O líder fez a defesa de outro valor. Mas dois terços do partido votaram com o governo.
Há risco de PDT optar por sair do governo?
Nenhum risco. Fomos o primeiro partido a defender a candidatura da presidente Dilma Rousseff.
Então o PDT continua firme com o governo?
Claro. Nós somos governo. Mas, por sermos um partido que tem fortes raízes entre os trabalhadores, temos alguns temas que são dogmáticos.
E como o senhor vê a atuação do deputado Paulo Pereira da Silva, que confrontou o governo?
Entendo a atitude do deputado. Ele é presidente de uma central sindical e passou a vida toda defendendo melhorias para os trabalhadores. É natural que ele defenda um salário mínimo maior.