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''É pão requentado'', alega defesa

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Por Roberto Almeida
Atualização:

O criminalista Nélio Machado, defensor do grupo Opportunity e de Daniel Dantas, classificou de "pão requentado" o depoimento da juíza Márcia Cunha de Carvalho. "Se estivesse no lugar dela, ficaria sossegada", afirmou Machado. "Ou vou ser obrigado a ressuscitar as incongruências da decisão dela, que passou de uma hora para outra de uma linguagem coloquial para o estilo de Rui Barbosa." Para ele, não é possível que, em 24 horas, Márcia tenha escrito um "verdadeiro tratado jurídico como decisão, como atestaram especialistas". Sobre as supostas intimidações, ameaças e pressão psicológica, Machado acredita que a juíza tenha criado "uma fantasia, que o Ministério Público já afirmou não existir". De acordo com ele, a Procuradoria da República reiterou por completo o pedido de arquivamento do caso. "Eu não gostaria de polemizar com ela, porque é desconfortável para ela", afirmou o defensor de Dantas. "A Polícia Federal está querendo, de alguma forma, ressuscitar essa matéria, em uma estratégia para criar um ambiente negativo para meu cliente." Sobre a suposta proposta de suborno ao marido da juíza, Sérgio Antônio de Carvalho, Machado afirma desconhecer Eduardo Rascoviski, que teria atuado a mando do Opportunity para contratá-lo, e acredita que a acusação "também entra no contexto da narrativa fantasiosa". "Esse senhor, que é marido da juíza, também andou dizendo coisas a respeito do meu cliente que foi preciso não levar em consideração", explicou. "O que posso afirmar é que todo esse assunto foi arquivado pelo próprio Ministério Público."

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