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''É loucura ser prefeito por 20 anos'', afirma Dário Berger

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Por Clarissa Oliveira
Atualização:

Em meio aos preparativos para disputar seu segundo mandato como prefeito de Florianópolis (SC), Dário Berger (PSDB) nega qualquer intenção de fazer do exercício da administração municipal uma carreira. Prefeito da cidade vizinha de São José por dois mandatos e há quase quatro anos no comando da capital, ele diz que a decisão de trocar de domicílio eleitoral nasceu da demanda popular. "É uma loucura ser prefeito durante 20 anos", afirma. Ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Berger diz que só passou a avaliar a possibilidade de concorrer em Florianópolis após seu nome aparecer no topo de pesquisas de opinião. O favoritismo foi confirmado e ele venceu no segundo turno a disputa de 2004, com pouco menos de 60% dos votos. "A minha intenção nunca foi de me perpetuar no poder. Muito pelo contrário", afirma o prefeito, que se diz disposto a abrir mão de concorrer a mais quatro anos no cargo se outro nome em seu partido apresentar as mesmas chances que ele de vencer a eleição. "Eu abriria mão com todo o prazer. Há 12 anos que eu acordo e durmo com os mesmos problemas. Eu não preciso ser prefeito de novo." Ele explica que "sofreu" com a oposição no início de governo, principalmente por não ser nativo da capital. Mas, independentemente das motivações que o levaram a acumular vários mandatos, Berger diz duvidar dos benefícios que poderiam decorrer de uma mudança na lei para restringir a troca de domicílio eleitoral. Para ele, o simples fato de um candidato querer ser prefeito não é suficiente para que isso se torne realidade. "Enquanto a legislação permitir, acho que todo cidadão brasileiro que reúna esses requisitos tem o direito de concorrer. Não tenho opinião formada, mas minha impressão é de que você não se elege pelo desejo de se eleger", argumenta. "Não vai ser uma lei a mais ou uma lei a menos que vai mudar isso."

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