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Dupla solta fogos em local perto de queda de avião e é presa

Homens justificaram ação dizendo que era um protesto contra a saúde em Pernambuco; bombeiros tentam resgatar os corpos

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

SÃO PAULO - A Polícia prendeu na tarde desta quarta-feira, 13, dois homens que jogaram fogos em direção à população que acompanhava atrás da área de isolamento os trabalhos de peritos e bombeiros em Santos, onde a aeronave que transportava o candidato à Presidência Eduardo Campos caiu. 

Eles chegaram a soltar quatro fogos em pontos diferentes das áreas de isolamento no bairro do Boqueirão. Ao ser detido, um deles, questionado por um policial, disse que fazia aquilo para protestar contra a situação da saúde em Pernambuco. Populares que acompanharam a prisão elogiaram os policiais e chamaram a dupla de "louca". 

Avião em que estava Eduardo Campos caiu por volta das 10h nesta quarta-feira Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADÃO

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Resgate. Peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) retiraram partes do avião que transportava o candidato e foram encontradas em uma das casas atingidas. São dois pedaços da aeronave contorcidos. Um deles se assemelhava a uma turbina, mas os peritos não deram mais informações. Os objetos foram colocados em uma picape da Aeronáutica.

A polícia cogita transportar os pedaços dos corpos das vitimas da tragédia para o IML da capital paulista, pois o IML de Santos não teria condições de abrigar os corpos e permitir o reconhecimento. Os restos mortais das vitimas estão destroçados e espalhados pela área da colisão. O Corpo de Bombeiros cogitava, no inicio da tarde, usar cães farejadores nos trabalhos, mas os animais ainda não foram vistos no local onde os trabalhos estão ocorrendo.

"Não é igual ao acidente da Tam, em que havia corpos carbonizados perto do avião. Nesse acidente não dá para achar nem asas do avião. Não dá pra saber onde estão os corpos. A gente não está achando os pedaços. Está muitodifícil. Só achamos a turbina porque ela caiu na sala de uma casa. É um trabalho complicadíssimo", disse o capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros.

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