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Dragões da Independência são presos acusados de roubo

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta terça-feira quatro soldados do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército - conhecido como Dragões da Independência - acusados de participar de uma organização criminosa que promovia roubo a postos de combustíveis. O regimento tem como missão a guarda de instalações presidenciais, a execução do cerimonial militar da Presidência da República e a "contribuição para a formação do cidadão brasileiro".Segundo a Polícia Civil do DF, o grupo atuava em regiões variadas do DF com o mesmo modus operandi: chegava a postos de gasolina, abastecia os veículos, rendia frentistas e, com a ajuda de comparsas em motocicletas, roubava o dinheiro do caixa. Dois soldados já estavam presos desde o mês passado, totalizando assim seis soldados recolhidos na carceragem. Em nota, o Exército comunicou que está "cooperando com as investigações" e que repudia "veementemente atitudes dessa natureza". Os militares foram encaminhados para o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.Os soldados presos não integravam o esquadrão de cerimonial nem atuavam no Palácio do Planalto ou no Palácio da Alvorada, informou a assessoria do Exército. Segundo a reportagem apurou, os soldados presos não desempenhavam atividades externas. Durante a operação Tanque Cheio, os policiais recolheram oito celulares, uma motocicleta, uma arma de brinquedo e munição. "No Exército, eles tinham ótimo comportamento, o que causou surpresa e espanto com as prisões. Alguns deles citaram que gastavam o dinheiro com comida, presentes, lanches, mas não havia uma destinação específica", disse o delegado Ricardo Viana, titular da 5ª DP. "Esse tipo de crime é bastante comum, mas esta é a primeira vez que identificamos a atuação de soldados."De acordo com Viana, no dia 11 de outubro o grupo praticou 14 roubos em série. Em média, o grupo conseguia roubar R$ 300 em cada posto, mas a cifra poderia chegar a R$ 900 em alguns casos. A Polícia Civil do DF ainda não fechou uma estimativa de quanto o grupo teria conseguido em dinheiro com a atuação criminosa. Os soldados presos, que têm entre 19 e 26 anos, irão responder por roubo e associação para o crime. A pena mínima deve ficar entre quatro e dez anos de prisão.

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