Uma cópia de arquivo da Casa Civil complica a versão de que o governo tenha feito um "banco de dados" aleatório sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher Ruth Cardoso entre 1998 e 2002, segundo revela o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, 4. Veja Também: Para 'Economist', Dilma pode ser 'bode na sala' para 2010 Álvaro Dias diz que tudo foi 'armado' Dossiê com dados do ex-presidente FHC Entenda a crise dos cartões corporativos Forúm: Quem ganha e quem perde com a CPI? Casa Civil faz 'caça às bruxas' para achar 'espião' do dossiê Oposição vai questionar Dilma sobre dossiê contra FHC em comissão Garibaldi lerá pedido que cria CPI no Senado A reportagem obteve um conjunto de planilhas em Excel, com 27 páginas no total, e afirma que a organização de dados seguiu uma "lógica política". O documento teria sido criado em 11 de fevereiro, antes da criação da CPI dos Cartões, porém no auge das denúncias de irregularidades no uso dos cartões por parte da Presidência e de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As planilhas com as despesas também foram divididas também por nomes, como mostra o jornal: Ruth Cardoso; de dois dos ministros à época, Eduardo Jorge (Secretaria Geral da Presidência) e Clóvis Carvalho (Casa Civil e Desenvolvimento); do senador tucano Arthur Virgílio (Secretaria Geral da Presidência); e da chef de cozinha Roberta Sudbrack. O Estado de S. Paulo revelou, em 19 de fevereiro, que o Planalto preparava um dossiê sobre os gastos da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para distribuir a aliados assim que seja instalada a CPI dos Cartões. Um mês depois, reportagem da revista Veja mostrou detalhes do documento, com gastos pessoais do ex-presidente e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso entre 1998 e 2001.