PUBLICIDADE

Doria fala em 'seletividade política' e cobra ajuda do governo federal para combate ao coronavírus

São Paulo havia firmado acordo com o ex-ministro Nelson Teich para receber 200 respiradores do governo federal

Por e Mariana Hallal
Atualização:

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), subiu o tom de críticas ao governo federal durante coletiva nesta segunda-feira, 18, em que anunciou mais medidas para o enfrentamento ao coronavírus. Ele disse que o Estado irá “reagir” caso não tenha prioridade nos repasses de equipamentos de proteção para médicos e respiradores, uma vez que é o lugar do País que mais tem casos da doença.

“Eu espero, como governador de São Paulo, que o governo federal, através do Ministério da Saúde, não faça seletividade política dos brasileiros que podem sobreviver e não podem sobreviver”, disse Doria.

João Doria, governador de São Paulo Foto: Governo do Estado de São Paulo

PUBLICIDADE

“Se for feito, quero dizer que São Paulo vai reagir. Se tivermos um ministro da Saúde que não respeite a prioridade de São Paulo, o fato de sermos o centro do coronavírus no País, para continuar a não receber aqui respiradores, EPIs, leitos e atenção necessária, o governo federal estará decretando a morte de brasileiros em São Paulo. Sobre isso, nós reagiremos”, afirmou o governador. 

Doria não deu detalhes sobre o que seria essa “reação” e fez a declaração no fim da coletiva, de modo que não foi questionado sobre isso.

São Paulo havia firmado acordo com o ex-ministro Nelson Teich para receber 200 respiradores do governo, em lotes de 25 que chegariam neste mês. Também receberia protetores para pés e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Com a saída de Teich, na sexta-feira, 15, há agora dúvida se o material será enviado.

O Estado tem 63.006 mil casos confirmados de covid-19. Ao todo, 4.823 pessoas morreram em São Paulo em decorrência da infecção pelo coronavírus.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.