NOVA YORK - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), esclareceu declarações que deu a jornalistas da agência de notícias Bloomberg na terça-feira, 16, em Nova York, quando afirmou que estaria disposto a disputar prévias para a escolha do candidato à Presidência em 2018.
"Eram oito jornalistas da Bloomberg. Eles me indagaram se, numa hipótese, circunstância futura, havendo prévias no PSDB, na circunstância de eu me apresentar, desde que com o apoio do governador Geraldo Alckmin, se eu aceitaria participar desta prévia. Eu disse: nessas circunstâncias, por que não?", afirmou o prefeito a jornalistas após cerimônia em que recebeu o prêmio de Homem do Ano da Brazilian-American Chamber of Commerce.
Apesar da alusão à possibilidade de participar de prévias, Doria voltou a negar que tenha o Planalto como objetivo. "Isso não implica, não significa que eu seja candidato à Presidência da República e nem seja postulante à Presidência da República. O que eu faço e continuo a fazer é ser prefeito da cidade de São Paulo."
Doria disse ainda que esclareceu o conteúdo da entrevista à Bloomberg em conversa com Alckmin, que também está em Nova York e tem a intenção declarada de disputar a Presidência pelo PSDB em 2018. "Eu disse: governador, oito jornalistas me entrevistando é um time de futebol. Um contra oito jornalistas. Ele deu risada", afirmou. "Nada abala minha relação com o governador Geraldo Alckmin. Não há nada que possa mudar a relação harmoniosa, respeitosa, de pessoas que se gostam se respeitam e são amigos."
Doria e Alckmin viajam juntos nesta quarta-feira, 17, para Washington, onde participam de reunião no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para tratar de um investimento de US$ 100 milhões na área da Saúde. "Sorte do partido que tem dois integrantes que se gostam, têm afeição, se respeitam. Temos uma relação absolutamente harmoniosa. Nada vai mudar essa relação."