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Doria acusa ‘Gabinete do ódio’ do Planalto por ameaças que recebeu

Governador afirma núcleo ideológico de governo orquestrou mensagens enviadas a ele na noite de quinta-feira; ‘Não tenho medo de Bolsonaro’, afirma

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

O governador João Doria (PSDB) acusou o chamado ‘Gabinete do ódio’, grupo de assessores que trabalha no Palácio do Planalto, de orquestrar a série de ameaças que disse ter recebido na noite quinta-feira, 26, e disse “não ter medo” de Bolsonaro, citando também pelos apelidos os filhos do presidente Flávio, Eduardo e Carlos.

Nesta sexta-feira, 27, Doria disse ter recebido “centenas” de mensagens na noite de ontem após assistir ao Jornal Nacional. Depois, dezenas de telefonemas, que tratavam da invasão de sua casa. O governador disse que isso ocorreu “numa ação determinada não apenas por robôs como por instruções certamente partidas do dito ‘Gabinete do Ódio’ em Brasília, que nos últimos 15 meses só tem produzido conflagrações, atritos, bobagens, erros e instabilidade na vida do País”.

O governador João Doria durante coletiva de imprensa sobre coronavírus Foto: Sérgio Andrade/Governo de SP

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“(Vou) aproveitar para dizer também para bolsomínios, bolsonaristas, ameaçadores, agressores como estes que estão aí fora gritando, que eu não tenho medo de cara feia, não tenho medo de zero um, zero dois, zero três, zero quatro, não tenho medo de Bolsonaro”, completou Doria. O governador, que abriu um boletim de ocorrência, afirmou que a Polícia Civil está investigando o caso e monitorando os telefonemas e WhatsApp.

“As ameaças foram dirigidas ao telefone celular do governador e davam conta, em tom ameaçador, de que atos seriam realizados em frente à sua residência pessoal, sendo que em tais mensagens era indicado o local da mesma (a casa de Doria, nos Jardins, zona sul da capital)”, diz trecho do boletim, registrado pela Delegacia de Operações Policiais Estratégicas (Dope).

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