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Documento da esquerda do PT defende mínimo de R$ 300

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um dia depois de a Executiva Nacional do PT decidir que as bancadas do partido na Câmara e no Senado têm de votar a favor da medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 260, 14 deputados petistas divulgaram hoje documento em que defendem um mínimo de R$ 300. Em um texto de cinco páginas, os petistas consideram ?impensável? fechar questão a favor do mínimo de R$ 260. Para o presidente nacional do PT, José Genoino, o documento dos petistas rebeldes ?não cria constrangimentos? para o partido. ?Reconheço as angústias e as críticas. Mas se fosse possível dar um mínimo maior, o presidente Lula tinha decretado. Vamos conversar com esses deputados. Não está na minha agenda discutir punições?, afirmou Genoino. Ele disse que vai tentar convencer os dissidentes a votar com o governo. Ele participa de reunião amanhã com a bancada do partido na Câmara. Hoje, a coordenação da bancada do petista na Câmara resolveu recomendar formalmente que os deputados do partido votem a favor dos R$ 260. Depois da decisão da Executiva Nacional, esse é o primeiro passo na Câmara para que a bancada feche questão e aprove o mínimo fixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No documento intitulado ?Salário Mínimo e a Política de Redistribuição de Renda?, os 14 deputados argumentam que o pagamento de maiores salários resultaria em maior arrecadação para a Previdência Social, além de aumentar o consumo e, consequentemente, a arrecadação. Lembram também que o salário mínimo é um importante instrumento de distribuição de renda. O documento é assinado pelos seguintes deputados petistas: Chico Alencar (RJ), João Alfredo (CE), Paulo Rubem (PE), Ivan Valente (SP), Walter Pinheiro (BA), Doutor Rosinha (PR), Orlando Fantazzini (SP), Orlando Desconsi (RS), Maninha (DF), Tarcísio Zimermann (RS), João Grandão (MS), Doutora Clair (PR), Iara Bernardi (SP) e Nazareno Fontele (PI).

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